Não
tenho medo de ti minha senhora,
É a
maior certeza que a vida oferece...
No
nosso futuro encontraremos a ti,
Pode
ser uma tranquila morte
Ou uma
agitada morte.
Doce
morte dos justos!
Amarga
morte dos injustos!
Os teus
dedos frios me tocam,
E sinto
o peso da eternidade sobre mim.
Que o
véu se descubra,
E que a
saudade apaziguada seja,
Divina,
justa, injusta, profana morte,
Lenta
para alguns, e veloz para outros,
Estás
sempre
Presente
em todos os momentos,
Num
momento que pulsa faz bater um coração,
No
outro, mais nada, e a vida se abstrai,
Vem tu,
morte, instala-se na minha boca...
Corta a
minha respiração,
Sufoca
o meu grito de aflição,
E
enfim, cumpre o teu mandato!
Faça
valer o legado,
Que a
posteridade há de esquecer,
Carrega-me
para longe, me leve morte...
Leve-me
para onde eu merecer,
Mas me
permita, morte...
Por um
instante antes de partir,
Poder
ver o último entardecer!
Poesia
publicada na coletânea “TUDO É POESIA”
II
Prêmio Litteris de Cultura. Livro 2
ED.
Litteris. Rio de Janeiro - 2006.
Emerson Sampaio
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Adoro quando você comenta,merece até uma mordidinha!