Minha cara criadinha se fia
Constante, segura e firme
Nos ensinamentos herdados
Da sempre piedosa mãe.
Como as gentes do Theyse
Que em vampiros mortais
Crêem firmes com heiduques (antigos nobres húngaros).
Aguarda então Cristianinha,
Pois que amar-me não desejas;
Anseio de ti vingar-me,
E hei hoje de um tócai (vinho húngaro)
Beber à saúde de um vampiro.
E quando tranqüila dormires
De tuas formosas faces
Sorver o fresco purpúreo.
E enquanto te amedrontares
Conforme eu te for beijando
Tal qual um vampiro beija;
E quando enfim tu tremeres
E enfraquecida em meus braços
Caíres qual foras morta;
Então te perguntarei:
Não são minhas lições melhores
Que as de tua boa mãe?
Heinrich August Ossenfelder
O poema "Der Vampir" foi a primeira obra da Literatura Vampírica, foi escrito por Heinrich August Ossenfelder. Publicado em 1748,a narrativa do poema e feita sob a ótica do vampiro,que conta como entrou no quarto de uma jovem cristã e a seduziu, ironizando sarcasticamente os ensinamentos católicos dados por sua mãe.
Referências:
MELTON, G. J. O livro dos vampiros – A enciclopédia dos mortos vivos. São Paulo: M. Books do Brasil, 2003.
um amante feroz que nutre desejos de vingança contra a amada pelo fato dela ter seguido o conselho da mãe para abandoná-lo devido ás suas origens estarem ligadas a uma região repleta de vampiros.
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